sábado, 21 de outubro de 2006

"IMPOLIO JAPONÊS"

Foi impressionante. Já na pequena varanda encontramos uma plaquinha que dizia:
Bata a campainha. Estou na cozinha.
Seguimos a instrução com estranheza. Logo o senhor nos atendeu, abrindo fresta na porta, bem desconfiado, mas, como deduziu com as observações que não apresentávamos nenhum risco, que provavelmente éramos clientes, abriu a porta vagarosamente e nos deixou entrar. Uma sala de casa, com cômoda cheia de bugigangas (como vocês podem ver na primeira foto), entre elas um buda bem sorridente. Outra prateleira ao fundo com umas flores de plástico e outras verdadeiras, alguma coisa pendurada na parede e , é claro, uma televisão ligada na novela. Quatro mesas de madeira maiores um pouco que as de restaurante. Uma das mesas ocupada com uma família - pai, mãe e duas filhas. Com licença, desculpa a invasão... mesmo assim sentamos - Felipe logo declarou que sentia a maior firmeza.
O cardápio. Em japonês, sem preço, poucas coisas traduzidas. O senhor veio para explicar.
Se pudéssemos entendê-lo bem, teria sido uma beleza!!!
Conseguimos com esforço descobrir uma cerveja japonesa (Sappore) que logo experimentamos. E um sashimi, de atum, é logico, porque ele disse que de salmão não faz. Por quê? Perguntei eu. Salmão não. Salmão tem bichinho. (falado com aquele ritmo que vocês podem imaginar). Ah! Marcelo feliz: eu sempre desconfiei do salmão...
Vocês quelem o sashimi de quanto? Como assim? O mínimo é de R$30,00. Hum...
A senhora foi então preparar nosso pedido. Curiosa, fui olhar a cômoda para que através dela pudesse ver a cozinha. Vi um pouco. O suficiente para ver a mesa com o ferro de passar roupa e algumas peças amontoadas. Isso a mais ou menos uns 80 centímetros de onde a senhora, muito absorta cortava o peixe. Vi ainda uns cadernos, papéis e objetos caseiros em geral.
Depois disso conseguimos ainda pedir um tepan, aí sim, de salmão, polque cozido pode.
Chegou mais um monte de gente que encheu todas as mesas.
Uma moça cobria a cabeça com a sua jaqueta jeans para proteger o cabelo bem chapinhado para a balada de sexta à noite, porque a fumaça das chapas de tepan tomavam todo o ambiente. Meu nariz ficou completamente entupido.
IMPOLIO JAPONÊS era o que estava escrito numa plaquinha dentro da sala.
Fomos felizes e rimos demais. A comida estava ótima, o shashimi, de atum e linguado, impressionante de tão bom. O wasabi importado pronto do Japão.
Só não rimos muito quando veio a conta: zaponês é englaçado, mas não é bobo não!
Beijos a todos, Angela.


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